sexta-feira, 28 de maio de 2010

Passarinho e passarinhos


A ambiguidade da palavra, que porta mais de um sentido, pode nos colocar em uma saia justa em várias situações. Isso ocorre quando uma pessoa diz uma coisa e o outro escuta outra. O riso daquele que escutou confirma o outro sentido do dito.
Freud conceituou o que acontece nesses casos como sendo um chiste.
O chiste é uma manifestação do inconsciente. E sempre provoca o riso daquele que o escuta.
Geralmente, a pessoa que falou fica sem graça depois que o outro ri. É nessa hora que ela consegue escutar o outro sentido daquilo que havia dito. Tal fato que torna o chiste ainda mais engraçado. O riso permite que seja escutado algo que, de outra forma, seria grosseiro de ser dito socialmente. Isso porque chiste tem sempre uma conotação agressiva ou sexual. O riso é gratuito.
O interessante é que, uma vez ocorreu o chiste, sentimos necessidade de transmiti-lo.

O toque do celular de Roberto é o canto de um passarinho.
Outro dia estávamos em um grupo e o celular dele tocou.
Alguém me perguntou se eu gostava do passarinho.
Eu ri e perguntei: Qual deles???
Foi uma risadaria geral...

E como estamos em tempos de copa a seleção canarinho já voou para África.

Enquanto isso ali na Argentina Maradona ameaçou tirar o passarinho da gaiola caso seu país ganhe a copa.
Ouvi dizer que um grupo de torcedoras brasileiras já virou a casaca e estão torcendo pela Argentina. Outras continuam a torcer pelo Brasil pois duvidam que, com o tamanho da barriga que Maradona tem ostentado ultimamente, dará para ver alguma coisa...

Passarinho dá mesmo muita conversa!

Como estamos na semana da mata Atlântica enfeito o blog com a fotos dos passarinhos acima. Tanta beleza precisa de ser preservada, não acham?
Tenham um bom dia!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

As sete cores da vida

Vocês já viram um Saíra-de-Sete-Cores, ao vivo e a cores, solto na natureza?
Eu não tive ainda esse prazer. Esse pássaro é típico da mata Atlântica brasileira, que está sumindo. Atualmente só nos restam 7%. de mata.
Escolhi essa foto para lembrar que hoje, 27 de maio, é o dia Nacional da Mata Atlântica.
Atualmente do estado do Espírito Santo até o sul da Bahia temos várias florestas de eucalipto, também conhecida como deserto verde. Nelas não vivem nenhum animal. Nem mesmo a cobra. Essa florestas surgiram para abastecer as indústrias de papel existentes em nosso estado e no no sul da Bahia. Assim enormes extensões de mudas de eucalipto são plantadas de uma só vez. E para crescerem chupam toda água de nossos rios e córregos.
No dia da Mata Atlântica cabe lembrar Augusto Ruschi, biólogo, já falecido, famoso em nosso estado, por sua luta em prol da preservação da mata Atlântica e por denunciar o dano ambiental causado pelas florestas de eucalipto.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Para aqueles que vivem no mar


Nas estrelinhas ( ou seria nas entrelinhas??) do who's amoung us tem um estrela caída no mar. Lá nas beiradas da costa da África.
Fico sempre curiosa: quem é esse "polvo" que me lê no mar???
Adoro e respeito o mar. Aprendi desde pequena que o mar tem lá seus humores, ou suas marés. Por isso com o mar não se brinca. No mar a gente se diverte. Eu me divirto bastante quando vou à praia ou ando de caiaque.
A cidade aonde moro é uma ilha. O mar está sempre lá rodeando. Adoro esse mar que me rodeia. Faz um bem danado para o espírito. Mesmo para o meu que é meio espírito de porco.
Sempre que vejo aquela estrela no mar me pergunto se ela não é uma estrelinha que caiu do mapa.
Seria então uma estrela cadente??
É assim que os vejo.
Deve ser porque sempre ouvi dizer que estrela cadente dá sorte.
PS:De brinde vai uma foto de Vitória-ES- Brasil.


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Alguma poesia: Recusa

Me convidas a ser par
Quero ser ímpar.
Imprópria, inoportuna ,
inconveniente, imperfeita.
Dissimétrica.
Só assim posso ser livre.
Livre prisioneira da linguagem.
Que parca é a liberdade dos homens!
Ângela Bueno

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mãe e filha

Desde sempre gostei de escrever. Antes mesmo de saber quem era Rubem Braga já arriscava rabiscar cartas para jornal de minha cidade natal emitindo opinião sobre isso ou sobre aquilo. Achava que podia dizer o bem entendia. E dizia.
Logo eu que nasci mulher. Filha de pai descendente de italiano e criada sob a égide do machismo. Aos homens a liberdade de ir e vir. Às mulheres as prendas domésticas e os cuidados da casa.
Ainda bem que meus pais valorizavam os estudos para ambos os sexos.
Sorte que mamei em uma mãe que era ao mesmo tempo submissa e cheia de opinião própria. Minha mãe, enquanto trabalhava, cantava e assobiava. Imagine uma senhora assobiando marchinhas de Carnaval! Assobiar era coisa de homem. Coisa que nunca consegui aprender a fazer. Confesso que tentei bastante até que deixei para lá.
Com minha mãe aprendi algo que acho ser fundamental em minha vida que é liberdade de pensar com minha própria cabeça. Cabeça que pode até ser dura algumas vezes. Confesso que gosto dessa herança e de outra que veio junto, acho eu. Não tenho medo de opinar, de emitir minha opinião. Mesmo que esta seja discordante.
E pago um preço por isso.
Será esse o preço de uma pouca liberdade???

domingo, 16 de maio de 2010

Cookie de aveia com chocolate


Atendendo ao pedido de Roberto, fiz ontem uma receita de cookie. E, gulosa como sou, os provei assim que saíram do forno. Assim quente, não achei muito bom. Hoje ao experimentá-los, hum!.., achei uma delícia e resolvi postar a receita.
Fiquei curiosa para saber a origem desse nome que, traduzido do inglês, quer dizer bolacha e sai procurando na Internet de onde surgiu essa delícia.
Descobri a origem do cookie na página do Simabesp, que é o Sindicato das Industrias e Massas Alimentícias e Biscoitos de São Paulo, e vou resumir para vocês.
O " biscoito" inicialmente era como era chamado o pão cozido e duro, que podia ser guardado sem estragar. Esse nome veio da palavra francês "bis" e " coctus" , que que dizer "cozido duas vezes". O pãozinho era cozido duas vezes para ficar bem seco, sem humidade e assim durar mais tempo sem estragar. O biscoito ficava tão duro que era comido molhado no leite para amolecer.
Em meados do Séc. XVII os ingleses associaram o biscoito , biscuit, como acompanhamento dos chás e chocolates e a moda pegou. Assim a Inglaterra passou a ser a primeira grande produtora e exportadora de biscoitos do mundo.
A população dos USA, que na época era colônia inglesa, passou a consumir os biscoitos como acompanhamento de chá e cafés.
Posteriormente os USA passou a ser uma grande produtor de biscoitos e mudou o nome para cookie, que é uma palavra de origem holandesa. Cookie é o nome dados aos biscoitos doces e saltines aos salgados.
A receita que tomei como base foi a de Flávia Pantoja, que descobri na internet. A receita que passo para vocês tem o meu toque e várias mudanças que fui fazendo.
O chocolate que utilizei foi o Talento, meio amargo com avelãs, da Garoto. Não sei se foi porque o Talento é mais cremoso ou se é assim mesmo, mas conto para vocês que o chocolate até hoje derrete na boca. Delicioso!!!


Cookie de aveia com chocolate
Ingredientes
- ½ copo de trigo branco
- ½ copo de trigo integral
- ¾ colher de sobremesa de fermento em pó
- ½ colher de sobremesa de bicarbonato de sódio
- 175 gramas de manteiga com sal
- 1 copo de açúcar mascavo
- 1 ovo
- 2 ½ copo de flocos de aveia
- 170 gramas de chocolate meio-amargo, picado (eu usei chocolate com 70% cacau)

Modo de fazer.
1. Em uma vasilha junto os trigos com o fermento, o bicarbonato e reserve.
2. Na vasilha da batedeira, misture a manteiga e o açúcar. Bata até formar um creme. Adicione o ovo e bata mais 2 minutos. Adicione os secos (farinha, fermento e bicarbonato). Misture até a massa ficar homogênea.
3. Devagar, adicione a aveia. Desligue a batedeira.
4. Misture com uma colher de pau o chocolate picado.
5. Com uma colher, faça bolinhas de massa e ponha no tabuleiro preparado. Aperte um pouco com os dedos para achatar o cookie.
6. Asse em formo pré aquecido a 180°C, por 14 a 16 minutos, até começarem a dourar nas bordas. Retire, deixe-os esfriar alguns minutos e transfira-os, com uma espátula, para uma travessa para acabarem de esfriar. Guardar em recipiente fechado por até 4 dias.


Já estou sentindo o cheiro do cafézinho!
Um abraço.
PS: na próxima fornada irei dimiuir um pouquinho a manteiga, só um pouquinho. Depois falo se ficou bom.


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dos encontros, desencontros e reencontros.

A vida é feita de encontros, desencontros e, se dermos sorte, reencontros. Não estou aqui me referindo a parceiros amorosos. Estou falando de amigas e companheiras de diferentes momentos de nossas vidas, das quais nos separamos pelas circunstâncias que nós mesmas ajudamos a criar.
Hoje reencontrei uma pessoa, antiga companheira de estudo em instituição psicanalítica, e foi muito bom.
No auge de alguns desencontros tendemos a atribuir a culpa de nosso sofrimento ao outro.
A neurose, já dizia Freud, funciona assim. O inferno não é o outro, como dizia Sarte. Nossos sintomas neuróticos bem atestam isso.
O inferno, assim como o céu, está dentro de cada de nós. O sofrimento que, algumas vezes, nos martiriza em nosso cotidiano vem de nós mesmo e de nosso desejo de amor incondicional. Claro que esse desejo está fadado ao fracasso, aos desencontros e são fontes geradoras de sofrimento psíquico.
Quando esses desencontros ocorrem cada pessoa envolvida tem a sua parte na história. Todos ganham e perdem alguma coisa. São momentos de separação, de solidão.
Nada como a distância para que possamos enxergar certas coisas. Nada como o tempo que favorece ao recalcamento e ao amadurecimento e nos permite, em alguns casos, retomar e reviver histórias antigas de um outro lugar e de uma outra forma. Reviradas pelo avesso de nossa emoção. Distanciados da paixão que nos emburrece e cega.
Confesso que esses reencontros me revigoram. Ainda que eu saiba que o homem, como bem disse Guimarães Rosa, pela boca de Riobaldo, foi feito para o sozinho. Eu cá, sabendo disso, sorrio e penso: ainda bem que sou mulher!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O uso do azeite para o corpo e os cabelos.

No livro do Dr Márcio Bontempo sobre o Azeite, já indicado em uma postagem anterior, ele dá uma dica de como utilizar o azeite para tratamento de beleza. E indica uma massagem para o cabelo e fala dos benefícios do uso do azeite no corpo e no rosto.
Eu, que tenho os cabelos ondulados e rebeldes (alguém já me disse que sou rebelde até nos cabelos), de vez em quando, tenho que usar uns creminhos, fazer uma massagem. Como não sou adepta de salão, faço isso em casa.
Já havia feito essa receita para o cabelo algumas vezes. Ontem decidi inovar e apliquei nos cabelos, no rosto e no corpo. E não é que deu certo?

A receita é muito simples:
  • Misture 1/2 xícara de azeite de oliva extra virgem e uma gema e misture bem. Eu usei ovo caipira.
  • Aplique e massaguei bastante com as mãos por 1/2hora, enquanto espera o tempo de do hidratante agir.
  • Após esse tempo entre no chuveiro. O banho deve ser morno, mais para frio.

Passe nos cabelos secos. Faça uma boa massagem e prenda os cabelos. Não use touca térmica ou qualquer outro tipo de touca passa nos cabelos e deixe agir por 1/2 hora.

Já com os cabelos presos, passe essa mesma mistura no corpo todo, inclusive no rosto. Faça uma ótima massagem. Aproveite bem as 1/2 hora que voce vai ter que esperar o creme fazer efeito e vá massageando! Depois entre no chuveiro.

Lave a cabeça com um bom shampoo e o rosto e o corpo como sempre costuma fazer.

Se você não tiver sentindo o cheiro da gema enxague o corpo só com água. A pele agradece!Minha pele ficou com uma textura excelente!! Hidratadinha sem ser oleosa.

Fiquei surpreendida com a textura da pele do rosto. Parecia a mesma textura de quando vou a esteticista, a Valéria, e ela aplica umas ampolas de colágeno, elastina e vitamina C, da marca Du Walker! Adorei!

Depois sai. Ninguém reclamou do meu cheiro, não sei se foi só por educação. Eu confesso que não senti cheiro de gema de ovo, eu que sou bem chata para odores! Nem o Roberto reclamou.

Ah, tenho que confessar que faço essa receita com uma só gema . No livro o indicado são duas.

Já apliquei uma outra receita desse mesmo livro com azeite e mel que fiquei com cheiro e textura de mel. Meio colando. Não gostei.

Se tiverem coragem testem e depois me digam o que acharam. É uma excelente hidratação natural.

Um abraço.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Galinha chinesa com shoyo e gengibre

Essa receita aprendi no livro Frugal Gourmet, de Jeff Smith. Lembram daquele pastor americano que tinha um programa de culinária com esse mesmo nome e que desapareceu da TV? Pois é, naaquela época comprei o livro dele, que acho ótimo, e uso bastante. Sempre faço minhas adaptações, é claro!
Nessa receita, por exemplo, também fiz algumas adaptações e retirei alguns ingredientes para o prato ficar mais saúdavel, sem deixar de ficar saboroso.
O molho dessa galinha é bem gostoso e dispensa o feijão

Galinha chinesa com shoyo e gengibre.


- 1 galinha 1 kg em pedaços (ou só coxas e contra coxas, por exemplo)

- 2 dentes de alhos espremidos

- 3 colheres de sopa de molho de shoyo

- um pedaço de gengibre, da largura de dois dedos, ralado

- 3 cebolinhas verdes picadas


Coloque a galinha já limpa e pronta para ser temperada em uma travessa refratária.
Misture os temperos e jogue sobre o frango e deixe marinar por pelo menos 15 minutos. Cobrir com papel alumínio e levar ao formo a 170 graus por 45 minutos.
Acompanha muito bem um arroz integral ou um purê de batatas.
Bom apetite!

Vocês conhecem o site da ONG TED?

TED é uma organização não governamental americana ( acho eu) que realiza um encontro mundial nos USA.
Nesse encontro diversos palestrantes falam sobre temas livres por 18 minutos.
Muitas dessas palestras são traduzidas para o português e para diferentes outras línguas.
Tem algumas palestras que são excelentes. Como essa que estou postando hoje que recebi por email de minhas cunhadas Carime e Lúcia. Foi assim que descobri essa ONG. Depois disso já recebi outra indicação por email da Teresinha e da Rachel de outra palestra. Aqui escolhi a que mais gostei.
No próprio site da TED voces poderão futucar e achar outras palestras já traduzidas para o português. Tenho descoberto algumas bem interessantes.

Caso queiram acessem o endereço abaixo que terão o prazer de desfrutar da linda história de Chimamanda Adichie, que é uma escritora Nigeriana.

O título da palestra dela é : O perigo de uma única história

http://www.ted.com/talks/lang/por_br/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html

sábado, 8 de maio de 2010

Pais, filhos e o álbum da copa do mundo

Hoje pela manhã fui intimada pelo Roberto a ver um "fenômeno", que foi como ele chamou, que estava acontecendo em frente a banca de jornal da Lurdes, ou banca do Japonês, que é como essa banca é conhecida no bairro em que moramos.
"Passa lá e veja o que está acontecendo."
E lá fui eu. Chegando lá perto vi um aglomerado de pessoas adultos e crianças.
A principio fiquei sem entender o que estava acontecendo.
Entrei no meio da confusão e vi o que acontecia ali. Pais e mães com seus filhos, a maioria pequeno, acho que com menos de seis anos, com um bolo de figurinhas na mão, trocando figurinhas! Alguns pais tinham tabelas elaboradoras das figurinhas que estavam buscando.
O álbum que eles estavam fazendo é das seleções que irão participar da Copa do Mundo que se aproxima e será realizada esse ano na África do Sul.
O movimento era enorme. Os país pareciam os colecionadores, não seus filhos, tamanho era o entusiasmo e empenho deles na negociação.
Sabe quando pai vai ensinar ao filho soltar pipa e é ele quem se diverte? Ali parecia estar acontecendo algo da mesma ordem. A criançada, em sua maioria, assistia aos pais que faziam as trocas para os seus álbuns.
Será que o album de figurinha era mesmo do filho? Sai dali rindo sozinha e me fazendo essa pergunta.
Era a magia do futebol fazendo aqueles pais e mães parecerem crianças outra vez.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Yoga: a filosofia e as posturas.

Não sei quase nada da filosofia da Yoga. O pouco que sei acho que é algo da ordem do impossível. Pelo que já escutei de alguns algumas professoras que tive conclui que um dos objetivos da Yoga é anular totalmente a agressividade. No relaxamento a professora sempre nos diz para pararmos de pensar. Outra coisa que acho impossível. Até no sonho tem pensamento. Estou falando aqui daqueles sonhos que temos quando estamos dormindo.
A Yoga, pelo quase nada que sei, propõe a passividade quase que absoluta do indivíduo. Isso para mim é da ordem da alienação. De ficar a mercê do outro. De anular a diferença.
Mas eu faço Yoga. E adoro aquelas posturas que nos viram pelo avesso, que nos entortam das mais diferentes formas e nos viram de ponta a cabeça. Adoro!! Vai ficar melhor ainda quando eu conseguir ficar de cabeça para baixo. Já consegui uma vez com ajuda da professora. Quero conseguir ficar de cabeça para baixo muitas vezes sem ajuda alguma. Ai vou me sentir no céu! ( Será que no céu tem pensamento? Será que existe céu?)
Nunca consegui plantar bananeira na infância. Aprender a fazer isso depois dos cinquenta e uns vai ser muito bom! Sinal de que estou viva. E jovem. Espírito jovem, quero dizer. (Ah, essas rugas que insistem me me mostrar as marcas do tempo!). Envelhecer acho que é quando desistimos de aprender. Conto para vocês assim que conseguir essa façanha.
Saio da aula de Yoga renovada. Sem dor em parte alguma. Alongada e de bem com a vida. Adoro também o relaxamento no fim da aula.
A aula de Yoga me acalma e me faz bem.
Acho que amadurecer deve ser isso. Vou a Yoga, tiro o máximo de proveito que posso, ainda que discorde da filosofia.
PS1: Vejam os desenhos das saudações ao sol do blog Prato de Papel no fim da página. Lindos!
PS2: Minha professora de Yoga se tivesse outra profissão seria dona de canil, de tanto que ela gosta da posição do cachorro!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Prato de papel.

Tenho admiração por quem sabe desenhar bem. Minhas irmãs Maria Amália, Beatriz a Alice sabem. Eu cá gostaria de saber. De deixar o pudor de lado e arriscar uns rabiscos.
No blog Prato de Papel, além de algumas receitas ótimas tem também uns desenhos lindos. Coisa leve, solta, graciosa.
Tem um desenho lindo da saudação ao sol que a Laure, minha comadre, vai gostar.
A Rita, autora do blog, é uma privilegiada. Pelo pelo traço do desenho e pelas receitas.
Visitem o blog e vejam se concordam comigo.

Das diferenças entre homens e mulheres

Hoje já recebi flores pelo dias das mães que será comemorado no domingo.
Claro que já reclamei! Não das flores que são lindas e benvindas a qualquer hora. Reclamei do adiantado da data da entrega.
Apesar de saber que dia de mãe é todo dia gosto de receber o presente no data certa.
Difícil é o marido entender isso.
Essas são algumas das eternas diferenças entre o feminino e o masculino. O tempo é outro.
O tempo de um é sempre adiantado ou atrasado frente ao tempo do outro. Tal fato motiva risos, choros, histórias familiares e reclamações de ambas as partes em diferentes situações. Devo confessar que, aqui em casa, a parte feminina reclama mais.
Ainda bem que uma das coisas que aprendi na vida é rir de algumas coisas das quais reclamo. A flores lá na sala atestam isso. Estão lindas e cheirosas. E na verdade é isso o que importa

Propaganda as avessas.

Hoje retornando da Yoga vi a propaganda do dias das mães do Shopping Jardins. Era alguma coisa assim: compre aqui e concorra a um cruzeiro de navio.
Tal promoção para mim funciona ao avesso e vem a ser mais um motivo para eu não comprar naquele shopping.
Não tenho a menor vontade de fazer um cruzeiro de navio.
Minha tia e madrinha fez recentemente um desses cruzeiros e definiu bem o que acho que sentiria na mesma situação. Ela disse que se sentiu presa em um grande shopping sem poder voltar para casa. Sua vontade, segundo ela, era poder pegar um ônibus e ir para casa.
Acho que também me sentiria presa em um cruzeiro como esse.
Gosto de andar pelas ruas das cidades para as quais viajo. Andar sem rumo e sem hora. De ver pessoas diferentes e poder pegar o ônibus e voltar para o hotel quando bem desejar.
Viagem de navio me lembra instituição total. Nessas instituições o interno é obrigado a fazer todas as atividades de seu dia com o mesmo grupo de pessoas. Isso, decididamente, não é minha praia.
O outro motivo pelo qual parei de comprar no shopping Jardins é pelo tratamento desrespeitoso que a administração daquele lugar dispensa aos seus lojistas. Minha filha já sentiu isso na pele.
A única coisa que faço lá é ir ao cinema.
A seleção de filmes feita pelo Marcos Valério e pelo Juninho é muito boa! Essa dupla sempre trabalhou no circuito alternativo de cinema de Vitória e graças a eles podemos fugir do circuito comercial e assistirmos a bons filmes.
Hoje a cidade conta também com o Cine Clube Metrópolis, da Universidade Federal - ES, que aliás foram os dois que iniciaram.
Que bom que eles estão de volta! É sinal de bons filmes para nós. Só temos que agradecer a eles.
O que aproveito para fazer agora. Juninho e Marcos Valério obrigada pelas ótimas histórias!
Nada como um bom filme para motivar uma boa prosa e bons sonhos.
PS. Não conheço o Marcus Valério. Só de Nome. O Juninho conheço. Eles nem sabem que tenho blog.

domingo, 2 de maio de 2010

Dos filmes que eu vi: As Mellhores Coisas da Vida

As Melhores Coisas da Vida é filme brasileiro dirigido por Laís Bodanzky (2010).
A história foi filmada em S. Paulo e narra a história de Mano, um adolescente estudante de uma escola secundária, que está vivendo os conflitos próprios a usa idade e é "atropelado" pela separação de seus pais. Digo atropelado porque é comum os filhos se decepcionarem quando os pais se separam e desejarem manter a família unida. Para piorar a situação Mano e seu irmão Pedro são comunicados pelo pai que ele saiu de casa para viver com um homem. Como elaborar essa questão de ter um pai que é gay, para eles próprios e frente aos amigos da escola?
Ser homossexual é um tabu que é visto com aversão e preconceito por nossa sociedade. Como evitar que seus amigos da escola venham a saber disso?
As relações que são estabelecidas entre os estudantes na escola reproduzem os modos de relação existentes na comunidade na qual a escola está inserida.
Copiando a mídia nacional e internacional os colegas de Pedro e Mano com seus celulares, câmaras digitais, emails, quadro de aviso, usam esses recursos para bisbilhotarem a vida alheia e espalharem fofocas maldosas pela escola.
Como elaborar os conflitos pessoais inerentes à adolescencia como a timidez de se aproximar da garota pela qual é apaixonado, aprender a tocar violão, ter a primeira relação sexual, além da separação de seus pais?
Frente a esses dilemas Pedro, que também perde a namorada, responde de maneira diferente de Mano, que consegue ter uma saída mais saudável do ponto de vista psíquico.
Pedro se isola em um blog suicida. Mano, ainda que isole por um período de tempo, logo se reagrupa na escola. As aulas de violão são fundamentais para ele se recolocar frente a vida.
Na escola Mano se junta com colegas e formam uma chapa para concorrer ao grêmio escolar denunciando os preconceitos e a difamação que rola solta na escola fazendo muitas vítimas.
Para retomar a confiança de sua melhor amiga, Carol, Mano passa um abaixo assinado para trazer de volta um professor de física que foi vitima dessas malidicências e foi demitido da escola.
Através dessas ações ele consegue se reinserir no grupo e voltar a se relacionar com seus pais e passa a enxergar o parceiro de seu pai com outros olhos.
Mano protagoniza algumas cenas bem bonitas e humanas. Citarei algumas:
A relação que ele estabelece com seu professor de violão.
A conversa que Mano tem com o irmão sobre sexo. Os dois ali constrangidos e tendo uma conversa respeitosa.
A forma como Mano defende sua amiga Carol das investidas de um amigo que só estava interessado em colocá-la em sua tabela de garotas com as quais já havia transado.
A forma como ele acolhe a dor da mãe que explode lançado ovos pela parede da cozinha.
O socorro que ele presta ao irmão.
O domínio que ele vai adquirindo no violão e na forma de abordar as meninas que o interessam.
A história nos mostram que Mano vai resolvendo seus conflitos e crescendo. Enfrentando suas dificuldades ele descobre que pode ser feliz na vida familiar, afetiva, no convívio com seus amigos e no amor. Que a felicidade não acontece só na infância, como seu pai dizia. Que na adolescencia e na vida adulta isso é um pouco mais complicado, mas não é impossível. Talvez esse seja uns dos motes que dá o título ao filme.
Não bastasse tudo isso o filme nos brinda com a música dos Beatles, Something, que Mano ensaia sem cansar no violão e no final canta para sua amada.
Quer coisa melhor do mundo que escutar o amado cantar: ".. something in the smiles shes knows, that I don't need no other love..." só mesmo um chocolate!
PS: Uma notinha sobre a plateia.
Roberto e eu éramos os mais velhos do cinema. Fora nós só havia uma garotada na plateia.
No nosso preconceituoso espírito aquela garotada que enchia a sala prenunciava bagunça e barulho na sessão que estava por iniciar. Ledo engano. O filme foi acompanhado em silencio, assim como a aula, sempre cheia da professor de física, retratada no filme.
Suponho que a garotada tenha se identificado com a boa história que acompanhou em silencio, sem gracejos ou piadinhas de mau gosto.

sábado, 1 de maio de 2010

Entreouvido em Brasília

Dizem que um vizinho do presidente Lula escutou ele cantando no chuveiro a musiquinha:
"Veja não gosta de mim,
mas a revista Time gosta"