segunda-feira, 27 de maio de 2013

Fotografo ou artista?

Ontem, pela manhã, passeando no mirante da ilha das Garças,  encontramos com Davi Protti que subiu esbaforido o morro que dá acesso ao mirante.  Corria para fotografar um navio que estava saindo da baía de Vitória.
Subimos para o mirante e  tivemos a chance de ficarmos ali assistindo ao ofício de um exímio fotografo profissional que sempre faz panorâmicas que captam a beleza mágica de nossa cidade.
Para alcançar os melhores ângulos Davi subiu em uma pedra e aproveitou para discorrer sobre os perigos de seu ofício. Ali de cima ele disparou clicks para todos os lados.  Foram tantos os clicks  disparados por ele que sua máquina parecia uma  metralhadora giratória, fotografando para todos os lados.  Boa arma essa. Possibilita vivenciar a fantasia de estar atirando para todos os lados e, ao invés de matar o semelhante, revela algo captado pelo olhar do fotografo. 
Após revelado o que é visto e captado pelo olhar solitário do fotografo dá-se a ver.  
Ver e ser visto, pulsões que, desde sempre, habitam o ser humano e fazem da fotografia uma arte e do bom fotografo, como Davi, um artista.
Busque no google as fotos do Davi. Ele fez uma exposição e tem um livro de fotografia publicado cujo título é  "Panoroamando Vitória" e me digam se concordam comigo.

domingo, 26 de maio de 2013

domingo, 19 de maio de 2013

Para viver temos que deixar a morte em paz.

Hoje li no Estadão, on line, sobre um novo mercado que o artigo denomina de "mercado do medo da morte". 
A matéria versa sobre a atriz Angelina Jolie que, após ter feitos alguns exames, que só cabem no bolso de milionários como ela, retirou os dois seios para prevenir o câncer de mama.
E os fatores emocionais que também contribuem para a aparição das doenças não são considerados?
Sabemos que da morte não temos como fugir. Ela é a única certeza que temos nessa vida.  E um dia ela chega. 
Será que começarmos a retirar órgãos é a melhor maneira de prevenir doenças? Penso que não. Acredito que  melhor maneira de prevenir doenças é apostar na vida.  
Apostar na vida, com certeza, não deve ser retirar qualquer órgão do corpo humano quando ele está saudável.  Ainda mais se tratando de um órgão que é  tão importante para a vivência da sexualidade feminina, como os seios,  a mama, que é uma zona érogena reconhecida como tal desde Dr Freud. 
Não tem receita para como fazer essa aposta na vida. 
Certamente se misturarmos num caldeirão  amor, algumas gotas de agressividade, alegria, tristeza, companheirismo, momentos de solidão, uma comidinha caseira, temperada com pimenta dedo de mãe, música e prazer de ver o mundo ao seu redor, descobrindo as coisas boas e belas que este pode nos proporcionar gratuitamente, deixando de olhar só para o nosso umbigo, teremos alguns ingredientes para fazermos uma boa aposta. 
Como essa aposta é particular que cada um tire ou acrescente os ingredientes que achar necessário para fazer a sua receita.
 Termino citando Gonzaguinha, que encontrou muito cedo a morte na estrada.
Como ninguém ele fez um hino à vida.
"Viver e não ter a vergonha de ser feliz, 
cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz..."