terça-feira, 31 de maio de 2011

Bolha

Existem várias formas de lidarmos com o mal estar que volta e meia nos acossa. O sintoma neurótico está ai para isso e cada um goza a seu modo com ele. 
Algumas pessoas preferem, sintomaticamente, negar o mal estar quando ele comparece e para isso criam bolhas imaginárias dentro das quais vivem uma realidade que não existe. 
Dentro da bolha todos são lindos, maravilhosos e perfeitos. Como se ali, naquele espaço, a agressividade, a rivalização e a inveja não existissem. Na bolha todos são bons, sensatos e cordatos. A ambivalência emocional passa longe e por fora.
O perigo dessas bolhas é o sujeito começar a acreditar nas histórias que ele conta. Mesmo que tais histórias, para os que vêem de fora, não batam com o que realmente acontece na realidade.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Conversa entre irmãos

A mãe passava dos noventa e ficara esquecida. Não reconhecia os filhos quando eles a visitavam.
Uma irmã conversando com o irmão sobre a importância de  visitar a mãe falou para ele:
"Ela já não sabe quem nós somos. Mas nós sabemos quem ela é."
Gostei muito desse dito.
Um filho ou uma filha sabem a importância de terem recebido os cuidados e o amor materno.
Ainda que seja difícil ver a mãe velhinha, esquecida e necessitando de cuidados,  não temos como fugir disso. 
A ordem natural e a única certeza que temos na vida é que um dia encontraremos a morte.

sábado, 21 de maio de 2011

Conversas vitais

Queria saber se praga de mãe pega. Sua mãe, em uma briga, rogara uma praga que nada daria certo em sua vida. Tomou isso como verdade e andava fracassando. O peso da palavra da mãe era enorme. Dar certo seria desobedecê-la. 
Ficou enredado nessa história e não ia para frente. 
Foi procurar alguém de sua confiança que o escutasse.
Sorriu aliviado quando se certificou que praga de mãe não pegava. 
No fundo ele bem que desconfiava disso mas precisava ouvir a confirmação do outro.
Deve ter saído da conversa de alma lavada. Aliviado. Podia ter sucesso e viver sua vida sem culpa.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para inglês ver

Estampadas em todos os jornais de hoje está a foto do Bin Laden -  vivo - para falar de sua morte. 
Logo os americanos que quando prenderam e mataram Saddan Hussein mostraram o cidadão todo decrépito na cadeia e depois mortinho da silva: de frente de lado de cabeça para cima, para baixo. 
Vocês acreditam que eles não iriam fazer o mesmo com Bin Laden? Nenhuma foto dele morto ou prisioneiro. E  a história  de terem jogado seu corpo no mar em respeito as suas crenças!!! Guantanamo esta  aí para provar que essa história é surreal.
Eu cá do meu canto penso que  Obama anda com a popularidade tão baixa em seu país e no mundo que resolveu criar esse fato político.
Tudo é possível nesse mundo de Deus. 
Quando o homem pisou na lua pela primeira vez físicos, pesquisadores dos grandes Universidades e centros de pesquisa norte americana, duvidaram do fato e pediram os negativos das fotos publicadas para estudos. Vocês acreditam que a NASA afirmou que os negativos haviam desaparecido!! Os fisicos dizem que não existia naquela época tecnologia necessária para o homem descer na lua e que aquelas fotos foram montadas no deserto americano. Quem nos contou é um físico amigo nosso, com PHD e pós doc nos EUA.
Não apoio terrorismo ou fundamentalistas de direita nem de esquerda. Tampouco acredito que a morte de Bin Laden, se ele realmente foi morto, a vá acabar com o  terrorismo. Só  chamou minha atenção o fato dessa  morte ter sido anunciada com a foto do morto vivo.
Sonho que possamos viver em paz. Sem guerras,  sem fome no mundo e sem exploração de um país pelo outro. 
Termino cantarolando baixinho, para não atrapalhar John Lennon, Imagine.

domingo, 1 de maio de 2011

Os demônios de cada um.

Sabe essas coisas da vida que você tem certeza que deveria ter feito mas  que daria tudo para não precisar fazer? Essas coisas danadas que atormentam nossa alma e, que muitas vezes, envolvem terceiros, quartos e até quintos, todos pessoas queridas?
Quem já viveu isso sabe do que estou falando. 
Como é doloroso dar um basta no lugar de merda e gozo que muitas vezes ocupamos na relação com o outro.
Nessas horas uma Maria de Jesus que, na minha infância, me garantiu o céu ia  fazer um bem danado.
Pena que cresci e duvido que o céu realmente exista na forma que a religião promete.
Só me resta conviver com meus demônios interiores e sorver a angústia de ter escolhido não fingir que nada aconteceu.