segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Uma artista escondida em Guarapari

Vejam a beleza do trabalho que minha irmã Beatriz está fazendo na antiga igreja matriz de Guarapari - ES.
Essa Igreja, fundada pelo padre Anchieta  em 1585, foi o marco de Fundação da então denominada Aldeia de Guarapari. 
Esse trabalho em conchas foi feito em 1880.  




domingo, 13 de novembro de 2011

Dos filmes que eu vi: O Palhaço

Se você volta e meia se pergunta sobre suas escolhas na vida e  sobre o seu desejo com certeza vai gostar do  filme O Palhaço (Brasil, 2011).
A rica narrativa desse filme é ambientada em um pequeno circo, desses circos pobres que se apresentam em lugarejos de igual pobreza que existem em nosso país.
Benjamim é, como seu pai, palhaço e os dois atuam em dupla nos espetáculos o Circo Esperança, do qual seu pai é o dono.
A narrativa da história retrata o momento em que Benjamim se vê confrontado com a monotonia da rotina e perde a alegria de viver e a capacidade de fazer graça. Esse é o gancho o fio condutor dessa história escrita, dirigida e interpretada por Selton Mello.
É um simples ventilador, objeto de desejo da artista mais bonita do circo,  que é caro para os parcos recursos de um palhaço de um circo pobre, que confronta  Benjamim com o seu desejo. Ao fazer do ventilador seu objeto de desejo Benjamim toma a demanda do outro como sendo o seu desejo. Essa é a confusão que todo neurótico faz, segundo Lacan.
Quando o sujeito se vê confrontado com o seu desejo  nada melhor do que ele ter em mãos seu documento de identidade. É na busca desse documento,  de um trabalho que o possibilite comprar um ventilador e, quem sabe, encontrar um amor que Benjamim parte. Até  ele descobrir "que rato come queijo e gato bebe leite,.." 
Adorei esse filme! Além de uma ótima história tem um excelente elenco.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Finados

Hoje  é dia de finados e desse dia tenho boas lembranças infantis.
Em Cachoeiro de Itapemirim (ES) morávamos na Rua Dom Fernando, 14. 
No fim de nossa rua tem a Igreja Nosso Senhor dos Passos, também conhecida como Matriz Velha. Em frente a essa igreja tem um largo e, já com outro nome, se inicia uma rua que vai dar no cemitério da cidade. 
Era por nossa rua que passava grande parte das pessoas que íam visitar seus mortos naquele dia. Isso fazia que com que o dia de finados, aos meus olhos infantis, parecesse era uma festa! O barulho de pessoas passando, conversas , risos,  vendedores de flores e velas. Barulhos e cheiros se misturavam na rua e eu ali querendo participar daquilo tudo. Era muita vida a visitar os mortos. 
Eu e algumas amigas bolamos uma forma de participarmos daquela festa.
Fizemos uma banquinha, não me lembro como, e vendíamos Qsuco e revistinhas, já lidas, para os que passavam. E claro que como era "coisa de criança" tínhamos sempre fregueses! Assim que acabava nosso estoque dividiamos o dinheiro das vendas e partíamos para a tarefa mais importante do dia.
Ao entardecer, antes de fechar o cemitério, íamos em bando para lá. Chegando lá nos  dividíamos  por setores   para realizarmos a seguinte tarefa: ver as sepulturas que tinham recebido visitas e flores e as que não tinham recebido nada e fazíamos uma redistribuição de velas e flores. Era um tal de correr para lá e para cá. Ao terminarmos nossa tarefa todas as sepulturas tinham flores e velas. Os defuntos podiam dormir sossegados  e nós também! 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mafalda e os grandes homens

Tirinha 275
 Tirinha 275 (do blog club da Mafalda)

Descrédito

Pensou que tivesse algum crédito na praça. 
Não que devesse dinheiro, passasse cheque sem fundo ou coisa que o valha. Era de crédito afetivo que estava falando. Desses que se constrói ao longo de anos.
Percebeu que não tinha crédito algum. Estava sempre em débito. Nada do que fazia era suficiente.
Só que dessa vez o ar não faltou. 
Ela pode respirar fundo e sorver a solidão.