Tenho plano de saúde da UNIMED e estou fazendo os exames anuais que são solicitados pela minha ginecologista. Confesso que ao fazer a mamografia me senti como uma peça de algum produto na linha de montagem. Um exame que é simples e rápido na linha de montagem demorou 2hs entre idas e vindas em diferentes salas. Já conto para vocês.
Cheguei ao CDI mulher, local aonde fui fazer o exame e me dirigi a recepcionista para quem entreguei a solicitação da médica, documento com foto e carteira do plano de saúde. Ela recebeu a apelada e solicitou que eu me sentasse e aguardasse.
Lá fui eu sentar em uma sala cumprida, cheia de cadeiras enfileiradas, como se fosse um auditório, tendo ao fundo uma TV de plasma passando Ana Maria Braga. O barulho e as conversas não permitiam que ninguém assistisse ao programa - fato que pode ser positivo ou negativo dependendo de quem está lendo.
Passado algum tempo a atendente me chamou para assinar um papel e para me entregar meus documentos.
Voltei para a sala auditório e continuei aguardando ser chamada para fazer o exame, o que aconteceu algum tempo depois.
Acompanhei uma funcionária que me levou para uma outra sala auditório um pouco menor. Lá continuei aguardando ser chamada para o exame.
Depois de algum tempo uma profissional, simpática, me chamou para fazer a mamografia.
Sempre digo que esse exame deve ter sido inventado por quem detestava mulher e sonhava e apertar os peitos de algumas delas. Imaginem um exame no qual tivéssemos que apertar os sacos de algum macho. Esse, na minha fantasia, seria o equivalente masculino da mamografia.
Confesso que a mamografia foi bem mais suave que outras que já fiz. Atribui isso a competência da profissional que fez o exame e que me posicionou direitinho na máquina. Além da qualidade da máquina é claro, que estão cada vez mais avançados.
Comentei isso com uma outra senhora que estava no pequeno auditório e ela me disse que as máquinas modernas devem ser mais sensíveis. Pode ser a soma das duas coisas, pensei cá com os meus botões. Ótimo esse avanço tecnológico, não é mesmo?
Nessa hora já estava de novo no pequeno auditório e fui orientada a esperar a médica olhar o exame e ver se eu estaria liberada. O que de fato aconteceu.
Duas horas depois de iniciar essa maratona pude voltar para casa tranquila.
Essa demora deve ter relação também com o maior número de mulheres que estão fazendo esse tipo de exame, que deveria ser acessível a todas as mulheres brasileiras .
Essa demora deve ter relação também com o maior número de mulheres que estão fazendo esse tipo de exame, que deveria ser acessível a todas as mulheres brasileiras .