Por gostar muito da maioria dos filmes de Woody Allen sou suspeita para comentá-los.
Após declarada minha parcialidade posso dizer que adorei Meia Noite em Paris.
A narrativa do filme é um conto de Cinderela às avessas.
Gil, um roteirista de Hollywood, que sonha em ser escritor, vai a Paris com a noiva, Inês, e sua família.
Ao voltar sozinho para o hotel, à noite, ele se perde pelas ruas da cidade. Perdido, acontece o inusitado: quando o relógio bate a última badalada de meia noite ele é convidado a entrar numa "carruagem" e volta no tempo, passando a conviver com seus ídolos que são os grandes mestres da literatura, pintura, música.
E toda noite esse fato se repete.
Cada noite novos encontros em lugares que seus ídolos costumavam frequentar são os cenários de uma história na qual o personagem insatisfeito com o rumo de sua vida se refugia na fantasia.
Isso faz com que os cenários do filme sejam lindos e nos levem de volta aos lugares frequentados por Picasso, Hemingway, o casal Fitzgerald, Cole Porter, Toulouse-Lautrec, Dalí, dentre outros. E o melhor é que naqueles lugares Gil reencontra todos esses grandes personagens.
Viajando na fantasia Gil vai se reposicionando frente a sua vida e vai voltando para a realidade. Esse é o grande mérito desse filme. É a fantasia que permite a Gil enxergar aquilo que não quer ver e seguir seu desejo mudando o rumo de sua vida.
Nessa história cabe ainda crítica à política do Tea Party e a prepotência americana representada pelo pai e pelo amigo pernostico de sua noiva.
È interessante perceber que Owen Wilson, ator que interpreta Gil parece ter incorporado Woody Allen no modo esquisito de ser, no tom da voz e nos trejeitos.
Esse filme é uma bonita homenagem de Woody Allen aos artistas ali retratados e a cidade de Paris, onde aquelas pessoas eram figuras fáceis nos cafés parisienses.
Esse filme é uma bonita homenagem de Woody Allen aos artistas ali retratados e a cidade de Paris, onde aquelas pessoas eram figuras fáceis nos cafés parisienses.
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