terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Medicalização da infância e adolescência

Hoje li no site do jornal o Estado de Minas, que BH é  a segunda cidade do Brasil que mais consome drogas para déficit de atenção e hiperatividade, TDAH, como é conhecida nas escolas e no meio médico. 
Tais  drogas são também conhecidas como drogas da obediência.
Esse notícia me apavora! Colocar na criança e no adolescente uma camisa de força química deveria ser crime.
Se na infância e na adolescência  o menino e a menina   não puderem experimentar a vida  e aprontar algumas bagunças próprias de cada idade como irão amadurecer? 
Cadê o Menino Maluquinho, que quando cresceu viu que havia sido uma criança feliz? 
O que vai ser dessa geração que toma droga "lícita" desde a infância?
Isso não estaria contribuindo para formação de uma geração de cordeirinhos  e de Maria vai com as outras?   Ou mesmo para a reprodução de uma geração que, por não haver experimentado aquilo que é próprio de cada idade, pega uma arma e sai matando, como  volta e meia acontece nos USA?  
 Onde andam  as agências reguladoras dessas substâncias psicotrópicas? E os Conselhos Regionais de Medicina, estão adormecidos?
 E os pais, mães, avós e professores? Onde andam vocês que não protegem as crianças e adolescentes?   
Educar dá trabalho e implica em um investimento amoroso. 
Sabemos que não existe receita para criar filhos. Mas a única possibilidade de criamos uma nova geração "saudável", do ponto de vista da saúde mental, é educarmos nossos filhos fazendo com que eles recebam afeto e limite. O limite dado pela educação favorece a responsabilização do sujeito. Isso é bem diferente do limite proposto pela camisa de força quí
 mica.

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