Um ódio visceral era o sentimento visível na relação entre a filha e sua mãe.
Não dava nem para disfarçar. A filha não falava. Vomitava ódio. Desses avassaladores. Seu vomito, como um tsunami, varria toda a possibilidade de vida ao redor daquela cena grotesca. Pura pulsão de morte. A filha precisava daquele ódio para viver. A mãe, em sua culpa, permitia tudo.
A filha com suas demandas e acusações infinitas saiu de cena. Saiu pequena. Já adulta teima em não crescer. Age como uma pessoa que não conhece a Lei. Não respeita seu pai ou sua mãe. Não respeita nem a si mesma. E sofre. O rosto se contorce de gozo e sofrimento.
Como pode uma relação entre mãe e filha chegar a tal ponto?
Oi, Ângela
ResponderExcluirFiquei imaginando qtos filhos e filhas já adultos vivem nesse gozo/sofrimento por falta de lei na infância/alolescência....
Estou gostando cada vez mais dos seus escritos, pois para mim funciona como um diálogo.
Abraços
Com você é um diálogo escrito, rachel. Obrigada por suas intervenções. bj.
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