A vida é feita de encontros, desencontros e, se dermos sorte, reencontros. Não estou aqui me referindo a parceiros amorosos. Estou falando de amigas e companheiras de diferentes momentos de nossas vidas, das quais nos separamos pelas circunstâncias que nós mesmas ajudamos a criar.
Hoje reencontrei uma pessoa, antiga companheira de estudo em instituição psicanalítica, e foi muito bom.
No auge de alguns desencontros tendemos a atribuir a culpa de nosso sofrimento ao outro.
A neurose, já dizia Freud, funciona assim. O inferno não é o outro, como dizia Sarte. Nossos sintomas neuróticos bem atestam isso.
O inferno, assim como o céu, está dentro de cada de nós. O sofrimento que, algumas vezes, nos martiriza em nosso cotidiano vem de nós mesmo e de nosso desejo de amor incondicional. Claro que esse desejo está fadado ao fracasso, aos desencontros e são fontes geradoras de sofrimento psíquico.
Quando esses desencontros ocorrem cada pessoa envolvida tem a sua parte na história. Todos ganham e perdem alguma coisa. São momentos de separação, de solidão.
Nada como a distância para que possamos enxergar certas coisas. Nada como o tempo que favorece ao recalcamento e ao amadurecimento e nos permite, em alguns casos, retomar e reviver histórias antigas de um outro lugar e de uma outra forma. Reviradas pelo avesso de nossa emoção. Distanciados da paixão que nos emburrece e cega.
Confesso que esses reencontros me revigoram. Ainda que eu saiba que o homem, como bem disse Guimarães Rosa, pela boca de Riobaldo, foi feito para o sozinho. Eu cá, sabendo disso, sorrio e penso: ainda bem que sou mulher!
Muito bonito, Angela!
ResponderExcluirDesencontros, encontros e reencontros fazem a gente se sentir viva. É de me sentir viva que tenho vivido. :)
um beijo.
Obrigada Fernanda. Se quer coisa melhor que se sentir viva??
ResponderExcluirbeijinho
ich!, esse se está sobrando ai e não sei como apagar!!!!Era para ter escritoQuer coisa melhor que está viva?
ResponderExcluirOi, Ângela
ResponderExcluirMuito bom, sabe acho que você deveria escrever mais sobre suas conclusões da vivência da psicanálise, nós os amigos gradecemos!
Abraços,Rachel
Ops, nós os amigo(a)s agradecemos!
ResponderExcluirAbraços,
Rachel
Ei Rachel, obrigada!
ResponderExcluirQue bom que voce está de volta com seus comentários. Sabe não prometo nada não.Aqui a escrita é livre e me reservo o direito de falar bobagens... rsrsrs
Abraço
Ângela,
ResponderExcluirPosso ser repetitiva, mas a escrita como você diz é livre, leio de novo esse seu texto e gosto muito! Valeu !
Abraços,
Rachel