Lacan, psicanalista francês contemporâneo, dizia que nós poderíamos nos denominar lacanianos, ainda que ele se autodenominasse freudiano.
Lacan retomou e releu a obra freudiana devolvendo a ela seu vigor e o impacto decorrente da descoberta do inconsciente.
A releitura de Freud e a cunhagem do objeto pequeno "a" fez com que a teoria lacaniana ultrapasse seu criador.
Esse preambulo eu fiz só para situar, muito de passagem, quem foi Lacan.
Lacan ficou famoso e antipatizado no mundo acadêmico por não citar suas fontes de conhecimento e os lacanianos, grupo no qual me incluo, repetimos alguns de seus aforismas, muitas vezes sem sabermos a fonte, que atribuímos a ele.
Lacan ficou famoso e antipatizado no mundo acadêmico por não citar suas fontes de conhecimento e os lacanianos, grupo no qual me incluo, repetimos alguns de seus aforismas, muitas vezes sem sabermos a fonte, que atribuímos a ele.
Lendo o livro apaixonante da escritora espanhola Rosa Montero, " A Louca da Casa", descobri que a definição do amor que Lacan repete em seus seminários, que foram transcritos e publicados posteriormente, é a definição que Aristóteles deu de amor.
Segundo Aristóteles "amar é dar o que não se tem a quem não é".
Essa definição genial abarca o cerne do engodo da relação amorosa e põe por terra a existência de uma relação amorosa que seja perfeita.
Para nós, pobres mortais, a perfeição e a felicidade plena não existem. Ainda assim a vida, aparada as arestas dos sintomas e da insistente pulsão de morte, pode ser bela e nos proporcionar grandes nacos de prazer, alegria e felicidade.
Para nós, pobres mortais, a perfeição e a felicidade plena não existem. Ainda assim a vida, aparada as arestas dos sintomas e da insistente pulsão de morte, pode ser bela e nos proporcionar grandes nacos de prazer, alegria e felicidade.
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