domingo, 13 de dezembro de 2009

Dos filmes que eu vi: Cinema Paradiso

Cinema Paradiso é um filme italiano de 1988, que revi recentemente. É um filme belíssimo do diretor Guiseppe Tornatore. Esse filme é uma homenagem ao cinema e a vida.
O filme conta a história a partir das lembranças de Salvatore de sua infância, adolescência, e de seu amor pelo cinema.
Todo filme se passa em uma pequena cidade da Sicília, logo após a Segunda Guerra Mundial, época em que não havia televisão e o cinema era a grande diversão da população da cidade.
A história gira em torno da vida da relação de Totó, apelido de Salvatore, com Alfredo, projetista da cidade.
Totó é um menino muito vivo e esperto que perde o pai na Segunda Guerra Mundial.
Como todos os moradores da cidade ele adora cinema.
Porém o que realmente o fascina é o que se passa na sala de projeção de um filme. Lá ele pode, dentre outras coisas, ver todas as cenas já censuradas pelo pároco da cidade.
Em suas idas e vindas à sala de projeção ele estabelece uma relação afetiva, nos moldes de uma referência paterna, com Alfredo. Observando atentamente a forma como este executa sua função Totó aprende o ofício de projetista.
Após um acidente Alfredo fica impossibilitado para o trabalho e Totó se torna, o projetista da cidade.
Ao entrar na adolescência Totó se apaixona por uma moça rica e é frustrado na realização desse amor pelo pai da moça. Desiludido ele se muda para Roma e se torna um diretor de cinema reconhecido.
A morte de Alfredo o obriga a recordar toda sua vida e o leva de volta a sua cidade natal, que ele não visitava fazia 30 anos.
Lá ele assiste a implosão, pela prefeitura, do Cinema Paradiso, que é uma metáfora das mudanças ocorridas na vida dos moradores da cidade.
Algumas cenas chamaram minha atenção.
A praça da cidade é, no inicio do filme, do povo e do louco, esse totalmente integrado à vida da comunidade. Essa mesma praça, no fim de filme, é toda ocupada por carros.
As viúvas que perderam o marido na guerra. Os filhos sem pais.
A simplicidade do cotidiano dos moradores.
A escola que segrega e castiga os atrasados.
O poder da igreja na censura dos filmes.
A mãe que descarrega em Totó suas dificuldades e frustrações.
O lugar privilegiado reservado para as autoridades ou os ricos no cinema.
A medida que Alfredo, depois Totó, projetam filmes assistismos não só a história do cinema, em diferentes tempos, como também a magia que o cinema que provoca nos expectadores.
A plateia é parte da narrativa com sua alegria, risos e choros.
A história é excelente, assim como sua trilha sonora.
Eu diria que Cinema Paradiso é um desses filmes que, sempre, vale a pena ver de novo.

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