Costurando,
cerzindo palavras
invento o mundo.
Palavra é universo.
Torna presente o ausente
coloca um elefante na sala de jantar,
e o jantar, em ato,
no paladar de um prato
só por trocar receita.
A palavra engana o sentido
E o homem cai como um pato.
Pato da língua.
Depende da palavra
para se tornar homem.
Ângela Bueno
quinta-feira, 18 de março de 2010
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Ângela,
ResponderExcluirAo ler a sua poesia fiquei pensando nas palavras ásperas acompanhadas de gestos grosseiros presentes em nosso dia a dia,e como as palavras delicadas às vezes são interpretadas como fragilidade,dependemos das palavras para ser, não é mesmo?
rachel seu comentário me fez lembrar de um peça que vi fazem muitos anos com a Fernanda Montenegro e o Fernando Torres chamada "Crimes Delicados".
ResponderExcluirA peça nos mostra a distãncia tenue entre uma palavra doce e uma agressiva.
Lá o casal se matava se chamamdo de meu bem....