quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A questão do envelhecimento na atualidade

A questão do envelhecimento, principalmente o feminino, na atualidade tem chamado minha atenção.
Nós mulheres nos encontramos atualmente escravizadas a eternizarmos a juventude através de vários apelos que nos chegam de todas as direções. Seja pelo padrão global que domina nosso país, através da rede globo. Seja pelo processo de globalização mundial, que nos impõe uma ditadura das top models, cuja magreza beira a anorexia. Seja pela profusão cada vez maior de produtos de beleza que surgem a cada dia e prometem acabar com todas as rugas a preços estratosféricos. Seja pela gama de ofertas de cirurgias plásticas e de procedimentos médicos ambulatoriais de aplicação de ácidos, botox, dentre outras coisas. Se juntarmos tudo isso parece que encontraremos o paraíso.
Claro que não é muito agradável acordarmos a cada dia e atestarmos a existência da lei da gravidade. Todo ser humano tem, dentre uma de suas fontes de sofrimento, a dificuldade de lidar com seu corpo que envelhece, adoece e morre. E o surgimento das rugas, da flacidez em nosso corpos, nos aponta para nossa finitude vindo a ser, consequentemente, fonte de sofrimento para cada pessoa.
Chama minha atenção como, especialmente, o discurso médico lida com tudo isso.
Estou a procura de um médico dermatologista e tenho sentido uma certa dificuldade de encontrar um profissional que não ofereça já na primeira consulta, essa profusão de procedimentos milagrosos que prometem te remoçar alguns bons anos. Confesso que as ofertas são tentadoras. Entretanto o preço e a repetição quase que semestral de tais tratamentos, além de serem proibitivos para meu padrão econômico, implicariam em cortes para mim e para os meus familiares de férias, viagens, compras de livros, discos, filmes, etc.
Soma-se a isso o fato de que tais procedimentos são acompanhados por duras restrições que, para mim, equivalem a deixar de viver, uma vez que adoro praia. Estou falando de ir à praia para nadar, mergulhar, andar de caiaque, jogar frescobol, caminhar e tudo mais que a vida perto do mar pode nos oferecer de lazer. Claro que tomo alguns cuidados como o uso do filtro solar, viseira, ficar na sombra, na medida do possível.
Todavia ao somar, dividir e multiplicar as perdas e os ganhos que teria ao me submeter a tais procedimentos médicos concluo que, no meu caso, não valeria à pena. Gosto muito de viver e minha vida iria ficar muito reduzida e eu, mal humorada.
Todavia as rugas estão presentes, marcando meu rosto e alterando meu sorriso, que já nem mais mostrava os dentes. Mal sinal. Fazer o quê?
Redescobri por acaso, através de minha filha, que viu na TV, uma matéria sobre a ginástica facial. Eu já tinha colado alguns desses exercícios que haviam sido publicados já há algum tempo em um jornal de Vitória, na porta de meu armário. Incentivada pelos filhos passei a fazê-los diariamente. Não é que meu tônus muscular está voltando?? Meu sorriso já mostra os dentes. E eu estou até bem felizinha.
O que mais me agrada nesses exercícios é a concepção que está embutida neles que o corpo, como é um organismo vivo, pode se regenerar. Claro que com esses exercícios você não irá engrossar as fileiras do exército de Barbie que a cosmeatria e a medicina estão ajudando a proliferar. Mas você pode até voltar a sorrir mais bonito.
Vai de brinde uma série desses exercícios para você. Faço uma dessas caretas e conto até 60 e passo para outra. É bem rápido.
Teste, se assim o desejar, durante pelo menos três meses e depois me diga se você também não vai sorrir mais bonito.


Um comentário:

  1. Excelente abordagem. Estou imprimindo os exercícios e vou testar. Depois, conversaremos a respeito, curtindo uma linda praia e tudo o mais que a natureza nos presenteia.
    Beijos
    Leo Faria

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