quinta-feira, 1 de julho de 2010

Das trombadas que levamos pelo caminhos

Em Vitória (ES), cidade onde moro, na beira da praia tem um calçadão onde é comum, nas partes que não tem ciclovia, se misturarem ciclistas e pessoas que caminham na orla.
Ontem, no fim da tarde, passeando de bicicleta fui atropelada, nesse calçadão, por um ciclista, que pedalava em alta velocidade. Não era nenhum rapazinho. Aparentava ter mais de quarenta anos. Ele vinha disparado escutando seu walk men.
Além de ser derrubada ao chão e ter a roda da bicicleta totalmente entortada tive que escutar algumas preciosidades do dito cujo.
Ao ser questionado como podia correr tanto na calçada o sujeito saiu com essa: aqui é considerado uma ciclovia. A senhora deveria avisar que iria virar!!!
Como pode uma calçada ser considerada uma ciclovia!!!!
Aquele indivíduo nem ao menos me ajudou a levantar ou se desculpou. Era um sem educação, um casca grossa.
A seguir uma lição de solidariedade.
Dei alguns passos carregando a bicicleta quando, do nada, apareceu outro ciclista.
Era um rapazinho surdo-mudo. Ele sinalizou que tinha visto o que ocorreu e ofereceu, com sinais, ajuda. Pegou minha bicicleta e amarrou na carona da sua bicicleta e me acompanhou até em casa.
Nem sei o seu nome. Assim que chegamos agradeci e ele saiu rapidamente.
Gostaria de tê-lo convidado para um café aqui em casa. Não o fiz e me arrependo.
Ações como a desse rapaz me provam que ainda existe anjo da guarda e que a solidariedade nunca cai de moda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário