quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Carece escutar.

Adoro escutar conversa alheia na praia. Não que eu fique atenta  ou bisbilhotando o que se diz nas mesas alheias. É a proximidade das mesas possibilita essa escuta gratuita. 
É ótimo escutar sem ter que intervir, escutar só para rir sozinha, ou mesmo admirar o modo de falar distinto daquele que se está acostumada a ouvir, mostrando a riqueza da língua falada nesse Brasil afora. Só esse tipo de conversa aguça meus ouvidos.
Algumas conversas são escutadas  no mar.
Outro dia entrou um pai e um filho  que aparentava ter uns seis anos. 
O garotinho  mergulhava e se esbaldava no mar. O pai então afirmou que ele não tinha medo do mar. E falou que carecia de ter. E foi explicando que o mar era traiçoeiro, etc, etc.
"Carece de ter" é uma expressão atípica aos meus ouvidos capixabas. 
Não sei de onde vieram aqueles turistas, me pareceram, pela pronúncia e outras palavras, mineiros, mas não tenho como afirmar. 
Aliás afirmar é coisa que não interessa ali. Só registrar as diferentes expressões e causos risíveis ou que considero singular, só isso. 
Escrevo para não esquecer o que ouço. 
Nesse verão, com preguiça de escrever, pela lerdeza da conexão da internet aqui de casa, já esqueci muito coisa.

 

2 comentários:

  1. Estes diferentes sotaques é uma música para quem gosta de ouvir as pessoas. Lembrei de uma peça de teatro da Elisa Lucinda - "Não fale mal da rotina", ela também como você adora ouvir "conversa dos outros" pelo simples prazer de "viajar na conversa". Descobri que também gosto rsrsrsrsrsrsrs. Nestas férias, fui para Natal/RN, que viagem agradavél e produtiva para mim, rever os familares distantes ajuda a elaborar a vida.

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  2. Rachel, seus comentários são sempre bemvindos,como uma conversa inacabada, pronta a ser retomada.

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