terça-feira, 13 de outubro de 2009

Dos filmes que eu vi: Tempos de Paz

Por falar em boas receitas, que nos aguçam os sentidos e nos enchem de prazer ao serem compartilhadas com nossos familiares e amigos, também temos outras fomes.
Hoje vou falar da minha fome de bons filmes.
Como já dizia o Dr Freud o cinema , o teatro, nos permitem, através da identificação com os personagens, vivermos e descarregarmos emoções com um gasto mínimo de energia. Assim enquanto assistimos a um filme ou a uma peça de teatro podemos ser a heroína ou a vilã, a fada ou a bruxa, o político corrupto, o educador que muda vidas, o sobrevivente de uma grande tragédia, reatar e desatar laços afetivos, vivermos emocionantes histórias de amor, realizarmos viagens, .. e vivermos por alguns momentos algumas situações que nossa vida cotidiana e nossas posses não não permitem.
O grande ganho disso tudo é que ao fim do filme ou da peça de teatro retornamos para nossas vidas, e deixamos para trás os nossos heróis que podem, em alguns casos, sobreviver em nossas fantasias.
É desses filmes que os heróis sobrevivem em minha fantasia que quero compartilhar com vocês. Vou começar pelos filmes mais recentes que vi. Está em cartaz no circuito nacional, e ficou em cartaz em minha cidade por um período super curto e sem nenhuma indicação de estrelas da crítica, do jornais em minha cidade, um filme belíssimo: Tempos de Paz. Que história bem contada!
Um história aparentemente simples de um polonês que chega ao Brasil, que é confundido com um nazista e, por essa razão, é interrogado por um agente alfandegário, que é um ex torturador.
Quanta vida e emoção no encontro entre esses dois homens com histórias e vidas tão diferentes!! A beleza do personagem polonês ( vivido por Dan Stullback) apaixonado pela sonoridade de nossa língua portuguesa, que não pode imaginar que, em uma língua tão linda e sonora como a nossa, possa haver palavras e práticas como a tortura política e outras barbaridades que o motivaram a fugir de seu pais.
Esse polonês que chega é interrogado pelo funcionário da alfandega (vivido por Tony Ramos) que havia sido criado em um orfanato para crianças abandonadas, educado para cumprir ordens, sem nenhuma emoção ou projeto de vida. Assim pode ser o torturador, o agente alfandegário, ou mesmo sumir de circulação se os tempos forem de paz e o padrinho assim lhe ordenar. Sabe aquele brincadeira infantil de fazer tudo que o mestre mandar? É assim que esse personagem passa a vida: obedecendo ordens. Ele é aquela pessoa que faz o serviço sujo para os políticos honrados.Só não estava previsto por seu padrinho o encontro de seu afilhado com esse artista polonês.
Ainda bem que, como nos disse Guimarães Rosa, através de seu personagem Riobaldo, que o mais importante e bonito da vida é que os seres humanos estão sempre mudando e que as pessoas não estão terminadas, não é mesmo?
A belíssima direção é de Daniel Filho.
O final desse filme é emocionante. Vejam e me digam!

7 comentários:

  1. Fiquei curioso... vou ver se baixo ou alugo esse filme....

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  2. Saudades de você!

    Juliana Melim

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  3. Angela, adorei a sua iniciativa de crir o blog, cheguei de viagem hoje e já li.
    Bjs, Rachel Pessoa

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  4. Oi Ângela, já fiquei com fome desse filme!!Muito saboroso seu Blog!! Abraços nossos daqui de BH!
    Eloá

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  5. oi Angela
    minha irma passou esse seu blog, adorei le suas materias. continue para que eu possa saborear
    aqui da alemanha.
    beijos
    Rosalinda Pessoa Mildner

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  6. Oi Linda, tudo bem com você e seus familiares? Espero que sim.
    Você foi mesmo para longe heim!Acho que nada mais é tão longe- só Florianópolis ( é lá que mora meu filho Marcelo)
    Esse mundo se transformou numa aldeia, não é?
    Você ai da Alemanha e da República Theca acessando meu blog. Acho tudo isso incrível!
    Tudo de bom ai para você.
    Abraço, Ângela

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  7. Eloá, só agora vi seu comentário. Obrigada e bem vinda. Um abraço

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