domingo, 7 de novembro de 2010

Dos filmes que eu vi: Doze homens e uma sentença

Doze homens e uma sentença é um filme americano de 1957, desses que mostram como uma boa história vale para qualquer época.
Doze jurados, trancados em uma sala, terão que decidir se um rapaz de 18 anos é culpado ou inocente pela morte de seu pai.
A tese da acusação é que o rapaz matou o pai a facadas. O veredicto tem que ser unânime. Caso o júri considere o rapaz culpado ele irá para a cadeira elétrica.
Ainda que em uma primeira rodada onze, dos doze jurados, considerem o réu culpado, um deles tem dúvida se ele é culpado ou inocente e pede que conversem mais antes de decidirem o veredicto.
Sustentar seu desejo na diferença é o suficiente para deixar comparecer os preconceitos, ideologias, as diferenças de pensamento que chegam quase a causar brigas entre alguns dos jurados.
Bastou um jurado se autorizar a dizer sua opinião a despeito da maioria, para que os outros tomassem coragem e passassem a questionar os argumentos que a princípio pareciam tão convincentes.
O que assistimos a seguir são homens com diferentes histórias de vida, idades, experiências e condição social confrontados com suas próprias questões inconscientes.
Esse filme levanta algumas questões fundamentais. Darei destaque a duas delas. Existe relação entre pobreza e violência? O ser humano que comete crime , ou suposto de cometer um crime, é ruim por natureza?
Essas e outras questões colocadas, somadas a tensão gerada pelas divergências, pelo calor do dia, vão tencionando a convivência entre os jurados.
Bonita a cena em que um dos jurados, oriundo da classe pobre descreve como é que se segura uma faca em uma briga, lembrança essa que ele confessa que havia recalcado. Ou mesmo todo o desenrolar do filme que vai nos mostrando, aos poucos, um pai desejoso de vingar seu próprio filho condenando o réu.
Para quem gosta de uma boa história esse filme é imperdível.
A direção é de Sidney Lumet e destaco a atuação de Henry Fonda.

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