sábado, 14 de novembro de 2009

Histórias escritas: Pedagogia do Cuidado.

Não gosto só de cozinhar. Cozinhar foi uma necessidade que se colocou em minha história após meu casamento. Tendo aprendido, fui tomando gosto.
Ouvir e contar histórias é uma coisa que gosto desde a minha infância. Quando pego um bom livro e me envolvo na leitura é difícil de tirar minha atenção. Na infância meus filhos, sabendo disso, se aproveitavam dessa minha concentração na leitura. Quando eu estava viajando em um livro, eles me interrompiam e pediam coisas que eu consentia sem ao menos os escutar. Terminada a leitura eu percebia a traquinagem que eles haviam feito com meu consentimento. Fazer o quê?
Adoro ler romances, contos, poesias, crônicas, biografias. Assim vou sendo lida e modificada a cada livro pelo qual me apaixono.
O livro, assim como um filme, uma obra de arte, também tem a função psíquica de possibilitar que o leitor, identificado aos personagens da história, seja lido por eles. O leitor identificado a um ou mais personagens da história sonha, chora, ri, luta, se apaixona, muda a realidade ou se desperta para a ela.
Vou inaugurar esse espaço com o livro Pedagogia do Cuidado, escrito por Celso Antunes e Dagmar Garroux (Editora Vozes). Esse livro conta histórias de vidas de crianças e adolescentes, que frequentam a Casa do Zézinho, situada no Jardim Ângela, na periferia de São Paulo. As histórias narradas nesse livro são o retrato sem retoques da vida de crianças e adolescentes, meninas e meninos, de 6 a 18 anos que vivem uma realidade bem distante da noss@.
Para além da dureza das histórias fica a beleza da forma como a Tia Dag escuta e acolhe a cada um dos Zézinhos. Dessa escuta resulta a construção, com a equipe de educadores da Casa, de estratégias para trabalharem a auto estima daquela população esquecida pelos poderes públicos. São incríveis as mudanças subjetivas decorrentes do trabalho que é desenvolvido ali.
A casa do Zézinho é uma escola que parte da realidade dos educandos, que leva o educando em consideração e que enxerga o saber e as dificuldades que eles portam.
Aqui em casa todos lemos esse livro. Ser Zézinho, em nossa linguagem familiar, se tornou um adjetivo elogioso.
Conhecemos esse livro e esse trabalho no programa Conexões Urbanas, comandado por José Júnior, Coordenador do movimento Afro Reggae, que é um programa que também merece ser visto.

3 comentários:

  1. Olá!
    Parabéns pelo blog.
    Estou adorando suas análises sobre "os filmes que vi". Pretendo assistir alguns deles.
    Gostaria de entrar em contato com a Fabíola Cerqueira.
    Mostrei seu blog ao meu irmão, Luiz Sérgio. Ele informa que sua irmã Beatriz faz parte do grupo Guaracultura, criado há um ano e que ela adquiriu seu livro "Uma Infância no Caparaó" e convida você para participar do grupo. Aguardamos para 2010 sua participação na homenagem ao seu avô Ademar em Iúna.
    Abraços
    Mirinha

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  2. Oi Mirinha, só hoje vi seu comentário.
    Entre no blog da Fabiola e deixe recado.
    O grupo que Beatriz participa é em Guarapari...
    Em 2010 me avise quando será a data da homenagem ao vovô em Iuna.
    Um abraço, Ângela

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  3. Oi Mirinha, só hoje vi seu comentário. Bem vinda!
    Pois é o grupo que Beatriz participa é em Guarapari..
    Em 2010 me avise sobre Iuna.
    Deixe recado no blog da Fabiola.
    Um abraço, Ângela

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