sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dos encontros, desencontros e reencontros.

A vida é feita de encontros, desencontros e, se dermos sorte, reencontros. Não estou aqui me referindo a parceiros amorosos. Estou falando de amigas e companheiras de diferentes momentos de nossas vidas, das quais nos separamos pelas circunstâncias que nós mesmas ajudamos a criar.
Hoje reencontrei uma pessoa, antiga companheira de estudo em instituição psicanalítica, e foi muito bom.
No auge de alguns desencontros tendemos a atribuir a culpa de nosso sofrimento ao outro.
A neurose, já dizia Freud, funciona assim. O inferno não é o outro, como dizia Sarte. Nossos sintomas neuróticos bem atestam isso.
O inferno, assim como o céu, está dentro de cada de nós. O sofrimento que, algumas vezes, nos martiriza em nosso cotidiano vem de nós mesmo e de nosso desejo de amor incondicional. Claro que esse desejo está fadado ao fracasso, aos desencontros e são fontes geradoras de sofrimento psíquico.
Quando esses desencontros ocorrem cada pessoa envolvida tem a sua parte na história. Todos ganham e perdem alguma coisa. São momentos de separação, de solidão.
Nada como a distância para que possamos enxergar certas coisas. Nada como o tempo que favorece ao recalcamento e ao amadurecimento e nos permite, em alguns casos, retomar e reviver histórias antigas de um outro lugar e de uma outra forma. Reviradas pelo avesso de nossa emoção. Distanciados da paixão que nos emburrece e cega.
Confesso que esses reencontros me revigoram. Ainda que eu saiba que o homem, como bem disse Guimarães Rosa, pela boca de Riobaldo, foi feito para o sozinho. Eu cá, sabendo disso, sorrio e penso: ainda bem que sou mulher!

7 comentários:

  1. Muito bonito, Angela!
    Desencontros, encontros e reencontros fazem a gente se sentir viva. É de me sentir viva que tenho vivido. :)
    um beijo.

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  2. Obrigada Fernanda. Se quer coisa melhor que se sentir viva??
    beijinho

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  3. ich!, esse se está sobrando ai e não sei como apagar!!!!Era para ter escritoQuer coisa melhor que está viva?

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  4. Oi, Ângela

    Muito bom, sabe acho que você deveria escrever mais sobre suas conclusões da vivência da psicanálise, nós os amigos gradecemos!

    Abraços,Rachel

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  5. Ops, nós os amigo(a)s agradecemos!
    Abraços,
    Rachel

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  6. Ei Rachel, obrigada!
    Que bom que voce está de volta com seus comentários. Sabe não prometo nada não.Aqui a escrita é livre e me reservo o direito de falar bobagens... rsrsrs
    Abraço

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  7. Ângela,

    Posso ser repetitiva, mas a escrita como você diz é livre, leio de novo esse seu texto e gosto muito! Valeu !

    Abraços,
    Rachel

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